Da economia da gravata ou do risco da importação de tendências “óbvias”

Falamos de identidade masculina alguns posts abaixo, assunto que de certo modo aflora na matéria publicada pela revista Exame nas bancas (no portal, só para assinantes). O jornalista André Faust analisa porque a gravata apresenta consumo em alta no Brasil, ao mesmo tempo em que está em queda nos países desenvolvidos, há anos. A abordagem passa por argumentos como o da “demanda reprimida” existente no país e que faz, como analisa o sociólogo Dario Caldas no artigo, com que haja “um novo público consumidor do produto para o qual a gravata continua sendo símbolo de respeitabilidade e de reconhecimento”. O assunto em si é um bom exemplo de como tendências aparentemente globais não podem ser tomadas como óbvias entre nós, tema caro ao Observatório de Sinais. Ainda mais agora, momento em que ritmos completamente diversos de consumo surgem na economia global, dependendo do país e do produto. Ou seja, nenhuma transposição ou “importação” automática de tendência pode ter lugar, sem um criterioso exame do que de fato está acontecendo no mercado e no comportamento de consumo do brasileiro.

Odes
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