DO QUE MAIS OS MILLENNIALS “NÃO PRECISAM”?

Devido a um entendimento parcial do comportamento dos jovens, é voz corrente, hoje, que os millennials “não precisam” de quase nada: automóvel, emprego fixo… Agora, parece que eles também “não precisam” de espaço.

O designer Patrick Schumacher, do badalado escritório de arquitetura Zaha Hadid, afirmou que “para muitos jovens profissionais, que passam o tempo todo fora, em networking 24 horas por dia e 7 dias por semana, um apartamento pequeno, clean, do tamanho de um quarto de hotel, serve perfeitamente para as suas necessidades”.

 

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Apartamento Simplex, Hong Kong. Foto: AD.

 

A indústria imobiliária concluiu que os millennials querem viver em co-living, atual senha para a miniaturização dos espaços privados, compensados por uma nova leva de equipamentos compartilhados: salas para co-working e prática de ioga, lavanderia, bicicletário, coffee shop

 

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Acima e abaixo, ilustrações dos espaços compartilhados do Loadd, empreendimento imobiliário recém-lançado como “o primeiro co-living de São Paulo”. Fotos: divulgação.

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Enquanto as justificativas se alongam e os apartamentos encolhem, o preço do metro quadrado nas grandes cidades segue em alta.

No estudo Depois de Amanhã, mostramos que os millennials “não precisam” de sala ou de casa própria no sentido específico de que eles não se autodefinem em função de tais objetos ou posses. A afirmação “eu não preciso” é um dos direitos emocionais que garantem ao jovem a sua autonomia em relação aos padrões estabelecidos:

“Nessa negativa, encontramos a verdadeira magia da liberdade, o ‘não’ (…) O ‘não’, para esse jovem, significa a possibilidade de efetivar a sua personalidade. É a oportunidade de escolher por seus próprios motivos, gostos, ideais, e não apenas ‘vestir o modelo que lhe cabe’, definido por um outro.” (Depois de Amanhã: Consumo e comportamento jovem no Brasil, ODES, 2016)

Quer conhecer o estudo Depois de Amanhã? Baixe o report gratuitamente!

Odes