Freeconomics
É o termo que a revista Wired utiliza para falar da economia do grátis, “o futuro dos negócios”. A idéia é dar algo para ganhar dinheiro vendendo um outro algo bem mais valioso. A matéria começa dando vários exemplos de como essa estratégia se desenvolveu e como acontece hoje, desde dar máquinas de café às empresas para vender caro os sachês, até vender consoles de games baratinhos e cobrar os games em si muito caro, o mesmo valendo para impressoras e cartuchos de tinta etc.
Mas foi a internet que realmente detonou essa tendência. Segundo a revista, depois de uma década e meia de discussões sobre serviços free versus serviços pagos, o debate está chegando ao fim, e os sinais estão por toda a parte: o jornal New York Times é de acesso livre desde 2007, o Wall Street Journal vai na mesma direção, bandas como o Radiohead e Nine Inch Nails só ganharam mais dinheiro pondo seus álbuns na web, e por aí vai.
Quando a gente pensa nisso, não dá pra deixar de citar a economia do tecnobrega do Pará. Os sistema freeconomics já é conhecido há tempos pelos compositores, artistas e dj’s locais, que se utilizam da pirataria para realizar lucros com apresentações em festas e na noite animada de Belém. O assunto foi tratado por Regina Case, no Fantástico, em 2004, depois no Central da Periferia em 2006, e foi alvo de reportagem na revista Rolling Stone Brasil de janeiro de 2008.
Só para concluir, uma frase lapidar do artigo da Wired: “as linhas de tendências que determinam o custo de fazer negócios on-line apontam todas para o mesmo lugar: para zero”. Aos que fazem negócio vendendo informação via web, sorry, mas, a julgar pela palavra dos especialistas, tudo indica que os dias desse tipo de negócio estão contados.
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