Diverso, mas…

O buzz em torno da décima edição do Big Brother Brasil, já apelidado de “o BBB da diversidade”, é mais do que justificável e o avanço é fato, como destacam os críticos. No entanto, é sintomática a diferença entre os perfis da garota gay (Angélica) e dos dois rapazes escolhidos (Dicesar e Sérgio), estes muito colados na imagem corriqueira do homossexual afeminado e “divertido”. No nível das representações, o avanço é muito pequeno. Como já estabelecido socialmente, o programa ratifica que a homossexualidade feminina pode ser normalizada, admitida e legitimada, sobretudo por conta das fantasias masculinas. Mas naquilo que “pega” mesmo, a homossexualidade masculina, o recado é que o “desvio” da “normalidade” traz consigo a perda irremediável da masculinidade e a ameaça da estereotipia.

Odes
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