Pares ímpares

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O ritmo de criação de empregos no Brasil continua aquecido, com bons resultados inclusive na indústria. Mas nem todos os setores estão vendo um céu de brigadeiro pela frente. O calçadista, por exemplo, está muito preocupado com a continuidade da tendência à desindustrialização, com o fechamento de fábricas e postos de trabalho, especialmente no Rio Grande do Sul. Uma situação que só se agrava, já que as exportações estão em queda, por causa do câmbio, e o mercado interno, em forte expansão (o Brasil é o quarto maior mercado consumidor), está sendo tragado pelos calçados chineses. O que mais assusta é que a passagem de país produtor a país importador é algo que se dá praticamente do dia para a noite. E para avaliar o tamanho da tragédia social que isso pode vir a representar, basta lembrar que o Brasil é o terceiro maior produtor de calçados do mundo, o único grande pólo produtivo que ainda resiste fora da Ásia, tendo gerado U$ 12,3 bi em 2010 (dados Abicalçados).

Diante de tal situação, não resta outra saída ao setor senão fortalecer-se para competir por meio de iniciativas próprias, como é característico do empreendedorismo brasileiro, para posicionar-se em territórios que seguem praticamente imunes à competição dos grandes exportadores asiáticos. O mercado já sabe que é preciso investir em inovação e diferenciação, mas ainda faltam ferramentas concretas para a orientação mais focada de industriais, empresários e designers do setor, para além dos portais de pesquisa e das informações online cada vez mais acessíveis indistintamente. Ou faltavam, no que depender pelo menos do Training Program em Tendências do Observatório de Sinais. Os cursos propostos para o mês de julho, por exemplo, visam fortalecer as empresas e os profissionais em suas estratégias de produção, gestão e aplicação da informação estratégica para o desenvolvimento de produtos e marcas inovadores, interessando diretamente ao setor de couro, calçados e acessórios.

Odes
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