DESTINOS COM PROPÓSITOS MUDAM O TURISMO
Novas formas de viajar pelo mundo e de fazer turismo fazem parte do “pacotão” de mudanças introduzidas pelas novas gerações (e nem só elas) no lazer contemporâneo. Entre as que mais se destacam, está a perda de apelo dos destinos mais manjados e o advento do turismo com propósito.
Bem, se você acompanha este blog e o trabalho do Observatório de Sinais, já está sabendo que o estudo Você, Cidadão discutiu a fundo até que ponto essa história de propósito para tudo é uma onda, um lance geracional ou se veio realmente para ficar.
Observação à parte, o fato é que estão mesmo se multiplicando os destinos com motivações de viagem além das triviais. Essa nova modalidade é, também, uma negação da ideia de viajar só para fazer compras e visitar os grandes pontos turísticos de sempre. E como os lugares descolados, sem turistas, estão cada vez mais raros, as viagens de passeio turbinadas com atividades que fazem bem ao corpo e ao espírito – ou à consciência, aliviando a culpa de existir nesse mundo “cãopitalista” -, estão caindo nas graças dos novos viajantes. Confira três modalidades desse turismo em ascensão.
LIMPANDO A BARRA
Em Amsterdam, já é possível andar de barco pelos canais da cidade e, ao mesmo tempo, pescar plástico para ajudar a despoluí-los. É mais uma iniciativa do grupo Plastic Whale, famoso por seu ativismo ecológico antiplástico, que agrada àqueles mais comprometidos com as causas ambientais e da sustentabilidade.
DIFERENTE, MAS ENTRE IGUAIS
Em um mundo cada vez mais diverso, onde todas as religiões devem ser respeitadas – pelo menos, em tese – não tardaria para aparecer algo do tipo do Muzbnb – basicamente, um Airbnb para muçulmanos se sentirem bem em qualquer lugar do mundo. O que não deixa de levantar a espinhosa questão se essa é uma manifestação de diversidade ou de mais intolerância, já que os novos guetos estão se multiplicando por toda parte…
GANJA
E naquele pedaço do mundo chamado Estados Unidos, onde a maioria dos cidadãos já tem acesso ao uso medicinal e/ou recreativo da maconha, o turismo canábico vai de vento em popa. Se a liberação na Califórnia causou um verdadeiro boom, imaginem o que pode acontecer, se acontecer, em Nova York – onde o uso recreativo ainda é proibido, mas a afluência de curiosos à loja MedMen da Quinta Avenida já é bastante notável… E pra fechar, uma imagem da comunicação super bem calibrada dessa marca, que pretende ser, nada mais, nada menos, do que o Starbucks da cannabis…