Geração Y é alvo de abordagens mash up

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Palestras, pesquisas e reportagens em todas as mídias abrem espaço novamente para a discussão sobre a Geração Y, cujos primeiros integrantes nasceram por volta de 1980 e agora chegam a 30 anos. Quando se pensa que a média de idade da população brasileira no presente é de 29 anos (IBGE), entende-se a importância de conhecer bem esses ‘Y’.

Nenhuma novidade até aí. O Observatório de Sinais, lançado ao mercado em outubro de 2002, começou a produzir conhecimento estratégico sobre essa geração já em 2003/2004, com o projeto ‘Juventude e Cultura Digital’ (realizado para o Sesc SP), que teve pesquisa de observação participante, etnografia virtual (cujo nome novo, só pra ‘inovar’, é ‘netnografia’), pontos de vista de profissionais e pesquisadores, além de nossa abordagem de tendências e um profundo perfil comportamental do jovem em sua relação com os diversos aspectos da cultura digital. Desde então, continuamos a prospectar esse território com o acompanhamento de grupos específicos de jovens e outros instrumentos de pesquisa. Um desdobramento mais recente foi outro estudo, ‘A Convergência de Mídias no Futuro’ (2009, para Organizações Globo), desta vez com foco nos comportamentos de consumo de mídias.

É por isso que nos sentimos à vontade para dizer que não temos visto muito avanço nas discussões que estão rolando por aí. Parece que as análises sobre os Y estão contaminadas por uma das características da web 2.0, o mash up. Algumas abordagens insistem em ideias já bem fixadas, como a do consumidor móvel, que continua a fazer sentido. Mas daí a concluir que definir o consumidor Y é difícil, ‘porque as variações podem ocorrer a qualquer momento, com apenas um clique no mouse’, é confundir o perfil comportamental de uma geração com seus hábitos. No caso da metodologia ODES, o comportamento e as tendências é que dão a estrutura para a compreensão dos hábitos.

Outras vezes, recorre-se a conceitos no mínimo questionáveis, como o bom e velho ‘conflito de gerações’ – pouco explicativo, a nosso ver, para enfocar as relações que estão se construindo entre ‘juvenistas’ e ‘novos velhos’. E há contorcionismos teóricos para tentar entender fenômenos como o exibicionismo, por exemplo, pelo prisma do hiperindividualismo – só que definido, erroneamente, como ‘a satisfação pessoal como medida de todas as coisas’ (cabe-nos sempre reafirmar que o individualismo em sociologia quer dizer bem outra coisa). E tudo isso para concluir – eureka! – que o problema não está nas TIC, mas no uso que se faz delas…

Buscando como sempre se antecipar ao mercado, para entregar uma vantagem competitiva aos nossos clientes, o foco ODES, nesse território, tem se deslocado para o conhecimento sobre as novíssimas gerações, os millenials ou nativos digitais, como têm sido chamados, em suas transformações efetivas nos modos de apreender, comunicar, transmitir, além das novas habilidades que lhes são exigidas pelas convergências em curso, no sentido amplo.

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Odes
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