Inventário

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A morte icônica resulta sempre em um inventário que quantifica, esquadrinha, divide e investiga todos os recônditos do ídolo, para melhor representá-lo. É preciso expropriá-lo para que possamos nos apropriar dele, de novo e de novo. Primeiro, uma profusão de imagens e vídeos, território por excelência do Primogênito da Era das Mídias e do Império das Imagens. Depois, a ênfase nos objetos icônicos, as partes: a luva, o moon walk, a efígie em que ele pouco a pouco se transforma. Em seguida, vieram os números, as linhas do tempo interativas, os gráficos de sucessos, as cifras, os ganhos, as perdas, as dívidas, e agora as métricas e porcentagens do aumento de excuções dos hits nas rádios. O inventário de um ícone é um show de representação.

Odes
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