Novos trends comportamentais

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A mídia internacional (BBC Brasil e NYTimes) relata por estes dias a consolidação de dois novos trends comportamentais. Um vem de Paris (mas com difusão já em nível europeu), a Tectonik, movimento de jovens entre 15 e 22 anos que eclode nas ruas, principalmente na região central da cidade. O ponto de partida foi a marca registrada com esse nome, uma festa que acontecia nos arredores de Paris. É um movimento de estilo baseado em dança, música e moda (como todos eles), que recupera uma parte do vocabulário de moda dos anos 80, mixando-o com várias tendências de música eletrônica (daí inclusive o nome “tectônica”, referindo-se às diversas camadas superpostas que formam a história toda). Parte importante da identidade da Tectonik se deve à dança, num (outro) mix de movimentos que está sendo chamado de jump style. É claro que o mainstream já se apropriou da história, esse é um processo que fica cada vez mais rápido na hipermodernidade. É o caso da publicidade:

Em Nova York, por outro lado, a nova história se chama steampunks, um movimento de estilo que mistura música, cinema, design e moda e que o Times chamou de “a time-traveling fantasy world”. É um estilo que vem num crescendo nos últimos anos, se pensarmos em um certo gosto retrô que dominou uma parte importante da cena rapper. Mas agora vai além, com o culto a um repertório bem definido de ícones que vão de filmes como Brazil a estilistas como Alexander McQueen. Não deixa de ser irônica a apropriação da tecnologia que os steampunks fazem, recobrindo-os com pistas do passado. Para concluir, ambos os movimentos, Tectonik e steampunks, têm em comum a incorporação da internet como meio de reafirmação identitária e de propagação, a ponto de podermos falar de web-propagated ways of life.

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Odes
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