POR QUE A PARCERIA NIKE & AMAZON É O SINAL DO MOMENTO PARA O MARKETING
A PARCERIA ENTRE AS DUAS GIGANTES DEVE TRAZER CONSEQUÊNCIAS PARA VÁRIOS SETORES, DO VAREJO À INDÚSTRIA DE CALÇADOS, DAS ESTRATÉGIAS DE E-COMMERCE AO BRANDING.
Está oficialmente confirmado: a Nike firmou parceria com a Amazon para incrementar as suas vendas diretas ao consumidor, num lance que traz muitas implicações para o mercado – e que, por isso mesmo, pode ser considerado como “o” sinal em business do momento.
Para a marca líder global de tênis, mais do que uma estratégia para tornar-se ainda maior e reverter o quadro de crescimento fraco que vem apresentando, o acordo com a gigante do varejo online vai permitir um controle mais fino sobre a sua própria imagem. Segundo foi anunciado, a marca terá uma espécie de site exclusivo dentro da Amazon, onde já ocupa o primeiro lugar em vendas. A estratégia revela a preocupação da Nike com o storytelling dos produtos e a forma como a marca é apresentada. Ao mesmo tempo, isso vai permitir uma fiscalização maior sobre as imitações, que existem à venda até mesmo dentro da própria Amazon. Como se sabe, sapatos são um dos itens mais propensos a falsificações, ponto cada vez mais sensível para a gestão das marcas.
O varejo físico de calçados esportivos está em polvorosa com a notícia, nos EUA (lojas físicas que, aliás, já passam por sérias dificuldades, como abordamos aqui). Ao que parece, a Adidas, maior concorrente global da Nike, também está em tratativas semelhantes com a Amazon. Por outro lado, depois de suas investidas sobre a moda – com a criação do Amazon Prime Wardrobe, que permite experimentar roupas e só depois fechar a compra -, os receios de que a empresa de Jeff Bezos possa vir a engolir o próprio comércio de moda como um todo já é assunto corrente entre especialistas. Agora, é todo o varejo online do setor de calçados que deverá acompanhar os próximos desdobramentos da nova orientação de mercado criada pelo acordo Nike/Amazon. O Observatório de Sinais continua na análise da nova conjuntura, cujas consequências, ao contrário deste post, não param por aqui…