Series Addict

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Ao mesmo tempo em que o cinema se renova em diversos países, o fato é que Hollywood anda meio chata e a televisão ganhou muito terreno nos últimos anos, principalmente nos EUA – aponto de alguns críticos afirmarem que, hoje, o que há mais de inovador está vindo da TV. Você também é um viciado em séries? Compreensível, são elas que apresentam hoje o que há de melhor em roteiros e agora também a nata dos grandes atores. As séries aprofundam o caráter totêmico da televisão – “você é o que você assiste” -, ao mesmo tempo em que revelam muito sobre o Zeitgeist.
Dos últimos lançamentos pela TV a cabo brasileira, destacamos Brothers and Sisters, criada por Jon Robin Baitz e exibida no Brasil pela Universal. Enfoca a família rica norte-americana (do “baixo-riquistão”, diriam as más línguas – voltaremos ao assunto) com os dramas e os conflitos de sempre, atualizados, e o show de interpretação de Sally Field. O sinal mais forte, na verdade, é “família”. A notar ainda o enfrentamento crítico das conseqüências do 11/09 e da Guerra do Iraque (assunto que nesta temporada se tornou objeto de crítica virulenta em diversas séries, simultaneamente).
Mas o que está bombando mesmo na TV americana é Mad Men, escrita por Matthew Weiner (o mesmo de Família Soprano) e exibida pela AMC. A série, que já nasceu sob o signo cult, tem como pano de fundo a indústria nascente da publicidade e seus executivos da Madison Avenue (daí o trocadilho com mad), em 1960 – a época tem forte apelo dentro da onda vintage que vivemos e a reconstituição de figurinos (a cargo de Katherine Jane Bryant), cenários e atitudes é impecável, realista ao extremo, com zero de idealizações. Aguardamos mais que ansiosos…

Odes
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